domingo, 26 de julho de 2009

8 - A – A EXTENSÃO DO UNIVERSO ( Parte Física )

A – A EXTENSÃO DO UNIVERSO ( Parte Física )

O universo possui uma extensão difícil de se imaginar, existem muitas estrelas e planetas, os planetas são habitados cada qual com povos de tecnologias, culturas e religiosidades peculiares. Num determinado ponto da linha temporal encontramos uma variedade de culturas interplanetárias, isto indica o fator da variedade do povos do universo. No entanto estes povos coexistem não somente em pontos do espaço distintos como também em diversas dimensões, não é fácil transitar entre as dimensões pois este é um fenômeno relativamente desconhecido pela humanidade terrestre. A “passagem interdimensional” é parte de um fenômeno natural e não algo criado através da tecnologia de seres mais avançados tecnologicamente. Uma população que se localiza em uma dimensão não enxerga a que está em outra a menos que seus indivíduos criem “portais interdimensionais”.
O fato é que vivemos em todas as dimensões ao mesmo tempo, não obstante não temos a percepção consciente de algumas, isto é provado com o fato de que quando enxergamos a 4a dimensão não deixamos de enxergar a terceira, isto prova que a terceira dimensão é verdadeira. No entanto quem esta num determinado momento enxergando somente a terceira não enxerga a quarta dimensão, ainda que esteja submetido às suas regras, leis e ocorrências.
Seriam os sonhos viagens à quarta dimensão? Não! Nos sonhos, ainda que possamos fazer “viagens astrais” ainda continuamos na mesma dimensão que quando despertos, ou seja: a terceira. Existem sonhos em que o grau de nitidez, a quantidade de detalhes, a perfeição e clareza das lembranças após acordarmos são tão grandes que chegam a nos impressionar. Um fator importante em se falando dos sonhos, é que durante um sonho podemos ter um alto grau de consciência de quem somos e de qual é a situação de nossa realidade no “mundo desperto”, esta consciência pode ser bastante acentuada, há também um outro fator importante nos sonhos que é o grau de liberdade de escolha, pode ser total, com ele podemos interferir de maneira total no destino do que ocorre. Para fazer uma breve síntese neste assunto falamos sobre:
1) Grau de nitidez da percepção visual do sonho.
2) Grau de consciência de quem sou eu, mesmo que seja fora do mundo dos sonhos.
3) Grau de liberdade de ação dentro do sonho.
Como se não bastasse as características que descrevem um “sonho de viagem astral” não se restringem à estas três, pois os sonhos de viagem astral podem chegar mais longe do que a percepção da terceira dimensão que temos comumente. Não seria este fato no entanto uma aproximação do que se possa chamar de quarta dimensão? Neste caso estaríamos entrando em atrito com a idéia inicial de que sonhos não são, em absoluto, a quarta dimensão. O que não se pode fazer é generalizar, ou seja: dizer que todos os sonhos são uma ida à quarta dimensão, quando na verdade existem diversos tipos de sonhos, muitos são a dramatização de vontades, estas vontades podem ser entendidas conscientemente enquanto despertos, ou mesmo vontades que se posicionam num local mais profundo da consciência ao qual chamo de “superconsciente”, vamos chamar à estes de “sonhos de dramatização das vontades”. Devemos nos perguntar até que ponto os sonhos de viagem astral são uma inserção na quarta dimensão ou uma manobra distinta da consciência à qual aplicaríamos outra classificação segundo suas características peculiares, assim, para isto basta notar quais são as respectivas características de um “portal interdimensional” e compara-las com as características dos “sonhos de viagem astral”.
Para que possamos chegar à verdadeira conclusão vamos dissertar um pouco mais sobre os sonhos: Há uma outra característica que diferencia os sonhos do comum estado desperto, esta característica se fundamenta no fato de que nos sonhos muitas vezes somos portadores de capacidades que não temos enquanto despertos. Por exemplo: Podemos saber o que os outros pensam, em outras ocasiões ainda somos cientes de determinada situação, lembrança, idéia ou fato sem que necessariamente precisássemos passar por tal situação. Isto incita a idéia de que em alguns sonhos o ser humano seja dotado de capacidades perceptivas distintas que quando em estado desperto. Podemos num lapso bastante rápido de tempo ter uma percepção de alta complexidade no âmbito da situação que está sendo vivenciada naquele momento. Seria esta uma percepção mais avançada da realidade? É bastante sensato pensar que sim, ainda temos o fato que estas vivências que são percebidas em flashes não se restringem ao âmbito intelectual, como se fossem meras informações de um romance lido, ou fatos de um filme assistido, pois chegam num nível de percepção vivencial bastante completo, perpassando os pensamentos, sentimentos e o físico do ser.
Assim, além das três características supracitadas anteriormente temos o que podemos chamar de “percepção avançada” esta que supera à que temos enquanto despertos. Naturalmente devemos comparar as 4 características encontradas nos sonhos de viagem astral com as características que possui durante a abertura de um portal interdimensional.
Todo o processo de abertura de um portal interdimensional já fora devidamente explicado, no entanto vejo a necessidade de repetir aqui o que foi definido como desenvolvimento transcendental da atividade contemplativa ( Descrito no livro: Valores da contemplação )
1 – Abrangência de mais vasto campo perceptivo
2 – Escurecimento da visão
3 – Aparição sutil de bolhas luminosas translúcidas
4 – Ondulação do campo visual ( Tontura )
5 – Visão da outra dimensão.
Vejamos agora as características de um sonho de viajem astral:
1 - Grau de nitidez da percepção visual do sonho.
2 - Grau de consciência de quem sou eu, mesmo que seja fora do mundo dos sonhos.
3 - Grau de liberdade de ação dentro do sonho.
4 – Percepção avançada
Poder-e-ia dizer que a criação de um portal inter-dimensional ou “desenvolvimento transcendental da atividade contemplativa” seja como um sonhar acordado, no entanto não é equivalente ao sonho de viagem astral já que na visão da outra dimensão que se transpassa através da meditação a pessoa simplesmente não enxerga nada que esteja além do que há na dimensão comum, mas sim a mesma coisa de uma maneira muito mais profunda.
Há portanto diferenças marcantes entre sonho de viagem astral e desenvolvimento transcendental da atividade contemplativa, uma destas consiste justamente no fato de que nos sonhos de viagem astral há uma vivência complexa que se distancia numa boa proporção da realidade da terceira dimensão, enquanto que no “DTAC” não ocorre este distanciamento senão um aumento de complexidade inimaginável.
Os sonhos de viagem astrais se passariam portanto em outros planos que não são a quarta dimensão em essência pois ainda que sejam um modo de percepção absolutamente diferente do estado desperto são destituídos da possibilidade de e vivenciar a percepção da realidade desperta. Por outro lado o “DTAC” logrado por meditação é um modo em que a um só tempo pode-se perceber o campo de incomensurável complexidade da 4a dimensão e o da 3a a um só tempo, pois os dois constituem uma só realidade, por isto são congruente, mas há a desvantagem de não se vivenciar situações como pode-se fazer no sonho de viagem astral.
Concluímos que cada qual possui suas características distintas, com limitações e potencialidades. Pode ser sensato concluir que nem um nem outro seja equivalente à quarta dimensão em si, mas que porte em si uma parca parte do que seria esta, ou mesmo que cada qual corresponda à uma dimensão distinta. Estamos aqui discorrendo sobre várias possibilidades.
Agora falemos um pouco à respeito da morte: A morte é na verdade um portal interdimensional, o qual nos transporta à uma dimensão mais complexa na qual tudo é mais profundo. Quais serão os sentidos de percepção dos mortos? Os mortos perceberão os vivos com seus sentidos? Possuirão eles algum sentido? A necessidade da encarnação ou de vivências num corpo físico na terceira dimensão poderia explicar a tese de que os mortos sendo desprovidos em seus ambientes da capacidade de percepção da realidade conseqüentemente não poderiam se inter-relacionar, assim, somente quando na terceira dimensão são portadores dos 5 sentidos conhecidos e ainda do que pode ser ingenuamente apelidado de 6o sentido ou a complexa capacidade de criar um portal inter-dimensional. Numa outra hipótese, talvez menos ousada que esta, os mortos são instituídos de uma percepção mais complexa, e por qualquer motivo têm a necessidade de retornar uma dimensão no “Campo dimensional”, neste processo de renascimento acabam por podar suas capacidades perceptivas da realidade, deste modo tanto o “DTAC” como os sonhos de viagens astrais não seriam uma amplificação dos sentidos senão um retorno destes às suas capacidades normais, acontecimento este que se transcorre de maneira parca e limitada em decorrência de suas situações físicas.
Uma das perguntas mais pertinentes neste momento é justamente: Por quê há uma necessidade de uma diminuição das potencialidades de percepção? Por quê existiria na idéia de reencarnação, a necessidade de retorno dimensional? O motivo evidentemente existe, podemos especular que este motivo esteja vinculado à uma percepção de realidade que não seja conveniente para um inter-relacionamento no mundo dos mortos. É óbvio crer que nesta hipótese existiriam grandes vantagens em estar encarnados, justamente do fato de ela fornecer um modo distinto com a realidade. É como dizer que por vezes na simplicidade existem mais vantagens que na complexidade, numa comparação tão tosca quanto extravagante poderíamos dizer que os motivos musicais que mais nos emocionam são aqueles de maior simplicidade rítmica e tonal, ou seja: para sermos realmente tocados devemos nos limitar {à determinadas partes, devemos simplificar. Isto traz a idéia de que simplificar não significa limitar mas sim encontrar uma essência que seja mais importante, motivadora e transformadora.
Podemos então chegar à conclusão de que na inserção de um espírito à um corpo físico não ocorre uma limitação de suas capacidades, mas sim a redução de suas capacidades perceptivas ao que seria essencial. É pertinente dizer que estamos apenas especulando idéias possíveis, perambulando por diversas hipóteses. Este é um modo de explicar a necessidade de reencarnação, pois do contrário o espírito ficaria perdido, e com grandes dificuldades tamanha é sua complexidade perceptiva, por vezes não é proveitoso absorver coisas que não seriam necessárias para o espírito evoluir, ficamos em nossas vidas corporais restritos ao essencial. Não obstante, conforme explicado no livro “Magia e mitologia pessoal” um mago, no decorrer de sua vida esforça-se para fazer justamente o contrario: desenvolver sua percepção ao nível espiritual, o que poderia mais atrapalha-lo que ajuda-lo já que deve haver algum motivo lógico para que houvesse tido esta restrição de capacidade perceptiva. É por isto que a vida de um mago aparenta não ter lógica, vai contra os conceitos formado pelo grande contingente que vive fundamentados em suas percepções, que por serem essenciais acabam por ser limitadas em determinados conceitos e nas vivências da realidade.

7 - O quê é a vida?

O QUÊ É A VIDA?
Extensão do Universo
Interdimensionalidade
Interconectividade
Autor: Pompeo Marques Bonini

A questão mais profunda, que inclusive pode arrebatar chegando possivelmente a abater os valores de um ser humano é: O quê é a vida?
Como não poderia deixar de ser, a resposta para esta questão é de alta complexidade e possui em si diversas vertentes. Este livro parte de especulações acerca da “experiência de viver”, pois viver constitui uma experiência na qual estão envolvidas múltiplas sensações, estas sensações são provenientes de nossos sentidos e respectivamente há um trabalho mental que visa amplifica-las, sendo assim o conceito final do que seja a vida pode ser mais ou menos nítido. Não devemos aceitar teorias externas, a menos que estas tenham passado pelas nossas experiências dos sentidos, se assim estiver calcado nosso conceito de vida uma teoria qualquer significa uma idéia abstrata que foi transmitida à uma pessoa sem que esta saiba efetivamente o que é aquilo, pois o saber real implica em experimentar, não basta tão somente entender com a razão e intelecto determinado assunto.
Entender portanto deve passar pelo nível do experimento, conseqüentemente não e pode entender o que não foi experimentado, o entendimento é a experiência. O que a filosofias racionais fazem é justamente propagar idéias que sendo aderidas pelo sujeito, fazem com que este fique com uma realidade morta em si, ou seja: ele não compreendeu plenamente aquela idéia, pois ela simplesmente não fez parte de suas experiências pessoais.
O princípio inicial deste livro é este: O entendimento que temos da realidade parte de base experimental e não de premissas teóricas. Vamos aqui partir de alguns conceitos que já foram conclusões de livros antecedentes que formaram a trilogia: 1) Interpretação do mundo, 2) Valores da contemplação, 3) Magia e Mitologia pessoal. Os conceitos destes livros serão aqui retrabalhados em conjunto com uma atitude de desenvolvimento de idéias que no levará à conclusões inauditas e possivelmente estarrecedoras, chegando assim à um novo nível de entendimento e complexidade em nossos debates.

6 - Uma guinada

6 - Uma guinada

Caminhamos, ora para um lado, ora para outro. Quê fazer da vida? deixar que ela te leve como a água leva um barco à deriva? A vida é uma verdadeira aventura, onde tudo possui um sentido profundo e verdadeiro, basta ver com os olhos do homem integral que percebe-se isto, aquele homem dotado de todas as suas potencialidades num conjunto harmonioso percebe qual a sua verdadeira relação com o mundo.
Mudanças ocorrem na vida, estas são necessárias para o crescimento, para aprendizagens, que ficarão o homem como experiência de vida, o que podemos conceber que condiz com a coisa mais importante que possa existir na vida: a experiência que dela podemos extrair.
Proponho uma pergunta: Qual é a profundidade que tu colocas nas coisas que vês ao teu redor? O quão profundamente você interpreta o mundo? É justamente isto que fará com que o mundo valha a pena ser vivido, que fará também com que a vida seja uma experiência constantemente mágica, inebriante e extasiante, sem quaisquer exageros. Pois a intensidade de interpretação demonstrará o nível de complexidade que se consegue chegar da realidade. Por exemplo: Na relação com as outras pessoas, a sociedade atual não valoriza adequadamente os valores mais profundos do ser humano, fazendo com que os encontros tenham um caráter corriqueiro, prático e supérfluos. Assim os próprios valores da amizade ficam deturpados.
O quê é amizade? É algo que está incomparavelmente além do sistema econômico ou político de um país, amizade envolve, além da noção de vínculo, que pode ser no âmbito da razão um consenso abstrato, os sentimentos, que são para a consciência emocional a coisa mais real que possa existir no mundo, mas real até que a própria realidade externa do mundo.
O homem que não busca dentro de si, constantemente, redefinir todos os seus valores de vida mais profundos não sabe o que é viver da maneira verdadeira. Os conceitos de amor, amizade, paz e harmonia devem ser suscitados de maneira constante no decorrer da vida, fazendo com que o homem encontre valores cada vez mais complexos e fortes, deixando os conceitos mais primitivos para trás, e se dando conta de o quão ingênuo ou ignorante fora anteriormente no que diz respeito ao conhecimento da realidade.

5 - O simples e o complexo na arte!

5 - O simples e o complexo na arte!
Vida é detalhe! A percepção que tu tens da vida dependerá da intensidade de valores que aplicas à ela. A partir disto receberás respostas mais ou menos complexas, a tua satisfação e por conseqüente felicidade será mais ou menos ampla. Quanto maior o investimento que puseres em determinado projeto mais expectativas serão criadas em torno dele, a partir destas expectativas formularás uma quantidade específica de satisfação ou frustração ao final do projeto conforme os resultados obtidos.
Quando utilizo o termo “projeto”na verdade me refiro à tudo o que possa existir na vida. Por exemplo: A importância que doas à uma pessoa definirá o quão estreita é a relação de vocês, na verdade é você que deve enxergar esta importância, no entanto há momentos em que parecemos não querer enxergar a importância de cada pessoa e acabamos por desmerecê-la, fazendo com que a relação seja indiferente chegando às vezes à uma inimizade mascarada ou mesmo muito bem expressa. Quanto mais detalhes você percebe nesta pessoa com relação à sua psique ou às suas feições físicas de maneira fidedigna você notará a sua realidade verdadeira. Chamamos de vida o que é a realidade verdadeira.
Na arte temos uma clara visão de que a vida está no detalhe, as minúcias fazem da vida uma experiência mais complexa. Ainda que nas coisas simples possamos encontrar valores dos mais belos e dignos são nos detalhes que esta beleza e esta dignidade são aprofundados à um nível acima. A exaltação em um nível máximo deve buscar a perfeição, portanto a complexidade, pois esta é uma labuta incessante do espírito em busca dos valores mais profundos e detalhados dos sentimentos humanos, possivelmente através das artes.
Os sentimentos religiosos são bastante fortes, no entanto de grande simplicidade, são perenes e por isto têm um valor incomensurável. Os sentimentos artísticos podem ser alinhados com os religiosos ou não dependendo de suas constituições, no entanto é fato que, por vezes, são de maior complexidade pelo fato de se aliarem à uma concepção filosófica da vida, ainda que a religião, por si, já represente uma unidade hermética de pensamento filosófico. O fato é que o pensamento filosófico da religião é estagnado possuindo menor liberdade de direcionamento e encaminhamento enquanto que o pensamento filosófico humano não está vinculado à qualquer sistema podendo perambular livremente por onde bem entender, não possui com antecedência quaisquer conselhos ou ideais, é por isto que a mente do artista não religioso divaga por lugares variados, dependendo da realidade momentânea a arte sairá tal como está o pensamento, digo num nível do super-consciente. O artista religioso não pode impor sua realidade psiquica à obra de arte como bem entender, se seus pensamentos e sentimentos estiverem naturalmente concordantes com a pra’tica e estudo religioso ele poderá transpor sua realidade à obra, do contrário terá de adaptar os conceitos religiosos à sua psique, podendo por sito criar certo atrito, ou modificará a psique absorvendo a realidade religiosa ou fará a obra mesmo emotivamente não estando concordante com ela, num nível consciente pode não ter esta percepção.
De qualquer modo os detalhes descrevem quanta vida interna o artista conseguiu extrair para fora em forma de temas e motivos musicais, desenhos ou pedra talhada. É através destes valores internos que percebemos o mundo externo, o mundo externo é um só, no entanto os valores internos são mais ou menos complexos de modo que cada pessoa percebe um mundo mais ou menos vivo, pois a vida está na capacidade de extrair os detalhes do mundo.
A percepção detalhada do mundo é pois o pressuposto da vida num patamar mais alto de contato com a realidade. Todos os tipos de valores podem ser vistos sob a interpretação simples ou complexa. Os diferentes tipos de expressão artística formam uma variedade na qual estão dispostas ferramentas expressivas mais ou menos complexas. O homem que têm uma percepção mais complexa do mundo, por causa de seus valores internos mais elaborados e minuciosos exige da mesma maneira, quando quer se expressar, meios de expressão tão mais complexos quanto seja sua percepção do mundo.
Tocar um tambor, por exemplo, é consideravelmente mais simples que tocar piano, ainda que possa dentro de sua realidade ser feito de maneiras distintas num grau de dificuldade que se eleva até certo ponto, mas deste ponto não passa, é evidente que o piano chegará num maior patamar de complexidade, mesmo considerando o grau máximo do tambor. Há a ressalva de que o piano pode ser tocado de maneira mais simples que o tambor dependo da habilidade do músico. Falando-se de expressão dos sentimentos pode-se dizer que o fato de um instrumento estar sendo tocado de maneira mais simples não indica que o grau de afetação sentimental seja menor, pois grau de complexidade não necessariamente condiz com grau de afetação sentimental.
Por isto quando vemos um músico compondo, ou interpretando uma música não devemos analisar somente a música senão também o grau de afetação sentimental do músico, para assim interpretar da maneira mais realista possível o que naquele momento ocorre. Estes fatos fazem muitas vezes com que um samba de bar emane uma quantidade de energias psíquicas muito mais altas que um requintado ambiente com músicos eruditos. Ou seja: Recursos musicais mais limitados em grau de complexidade com músicos de reverberação sentimental mais intensa.

4 - Seguindo pelo veio do rio!

4 - Seguindo pelo veio do rio!
Sempre haverá na tua vida um motivo que te faça cantar, cantarás sempre uma façanha. Sempre haverá na tua vida uma vontade raiz que faça-te mover-te para realizar qualquer façanha e logo cantá-la. Esta vontade provém de teu âmago, daquilo que brota na alma irradiando força, formando o querer, querer este que não conhece possibilidades pessimistas, na vontade há somente otimismo, e mesmo que porventura hajam desfalecimentos ou desventuras no caminho haverá sempre a esperança, é esta que deixa a vontade sempre firme no intuito da realização, para a conquista de um feito, reverberando na sensação suprema de êxtase, glória e satisfação provindas daquilo que com muito labor foi idealizado e executado, independente dos árduos caminhos, o importante é que foi conquistado.
Sempre haverá na tua vida alguém que te faça sorrir. Transmitir paz, e ânimo nos momentos mais tormentosos, durante o suplício e dor. Para que assim, em comunhão a humanidade encontre o amor na paz que será derradeira, definitiva. Valores da alma que se incrustam em todos os corações. O amor é noção de dar importância aos outros, notar-lhes as qualidades e à isto valorizar
Caminharás no caminho adequado, dentro do veio de águas que nascem das límpidas montanhas e não em outro lugar, aí caminharás sem te perderes por outros lados. Este é o caminho adequado! As tuas escolhas serão muitas, é óbvio, é pertinente pensar que existe o bem e o mal, e que uma pessoa justa, que já têm arraigados os valores de nobreza em si não têm motivos nem vontade de praticar o mal, deste modo suas escolhas serão voltadas sempre para o bem, não há modo de se equivocar: há uma distinção de fácil compreensão entre o bem e o mal, quando o coração sente a percepção é cristalina de tão clara, podem sim, haver enganos em alguns detalhes, no entanto, se a pessoa é realmente boa de coração até estes serão de grande proveito para as aprendizagens da vida. Pois na vida de tudo, até mesmo do mal, pode-se extrair lições morais e conhecimentos dos mais edificantes: basta para isto que se utilize a razão, o entendimento e a reflexão fundamentada nos sentimentos e verdades humanas. Caminharás no veio de água, é tarde demais para perder-te por aí, não é mais possível errar, pois aquele que aprendeu e compreendeu a função de seu conhecimento nunca comete mais enganos.
E quando porventura te desanimares, julgando haver certa trama contra ti, e que despendendo intensas energias em lutas que têm como repercussão uma desventura opaca e inócua. Quando após intensa labuta diante de teus próprios olhos notar desmanchar tudo aquilo que construíste com esforço e a melhor das intenções. Quando muito trabalhar e em nada resultar, neste momento então prostrarás tuas mãos aos céus e clamarás a intervenção de Deus na tua vida, te porás ao solo como uma criança, reverenciarás à sabedoria maior, será este então o momento especial. Será este o momento em que perceberás haver-te enganado, pois quando julgas-te derrotado estavas na verdade em provação a ver se tua fé, tua convicção são feitas de inquebrantável material ou isopor. De teu âmago brotará força desconhecida, teu coração se revigorará, tua mente ficará tão clara que perceberás que o toda faz parte de uma só harmonia, e que as situações que julgamos incorretas ou injustas são das mais proveitosas que possam aparecer em nossas vidas.
Da eterna esperança soergue-se a fé de que a vida vale a pena. É experiência inigualável! O caminho correto é a eterna esperança, pois esta extrai o bom das coisas que aparentemente são impróprias, injustas ou desarticuladas. Dá nexo à vida, fazendo dela experiência de grande valor.
A vida se constitui de um drama, se não houvesse dramaticidade não haveria tanta vida. O importante, como dito antes é não tentar iludir-se crendo que só há o lado bom, temos que enfrentar nossos dramas mais profundos com inteligência e alma. Uma das funções da meditação é fazer com que o ser humano se mantenha conectado com o seu drama pessoal, com a questão nevrálgica de sua vida, não lhe permite distrações. Doe uma importância espiritual às situações da tua vida, e verás quão importantes são todos os momentos da tua vida, mesmo aqueles que são penosos têm significação de grande proveito na perspectiva espiritual. A vida continuará sendo um drama, aliás neste momento você entenderá a real significação do drama, e caminhará com maior certeza e segurança no trabalho que deve ser empreendido para a resolução do enigma pessoal da tua vida.

3 - Amor e alegria.

3 - Amor e alegria.

Vida! Eu vejo a vida palpitar pelos caminhos do olhar. Sinto a força de sinceridade ao me direcionar às pessoas que se espantam ao me encontrar, pois onde vou levo fé, onde vou a vontade, esta chama infindável que faz mover aqueles que há muito pareciam perecer, esta alavanca que faz mover o mundo, anda comigo.
Nos limites da vontade sigo correndo. Atrás de quê? Pois de quê seguimos nós em nossas vidas senão um caminho criado pela imaginação, onde as possibilidades tão mais amplas ficam quanto mais largo seja nosso modo de pensar e de interagir com o mundo que nos cerca.
Amor! Luz que guia o universo às indescritíveis sendas do coração, onde as lágrimas que caem dos olhos brilham como estrelas ao resvalar a face, e a respingarem como chuva no colo do ser com o qual se confirmou uma união fraterna.
Assim, a alegria brota de maneira risonha, onde o riso se transforma em mais riso, e prolifera de maneira contagiosa, de galho em galho, até que toda a floresta se sinta contaminada por esta doença agradável. O brilho nos olhos é a festa, a profundidade da alma, onde um olhar direto causa ou um sentimento de culpa ou uma relação íntima. Pois o olhar sincero provoca uma cumplicidade total entre os deis agentes.
Hoje, como todos, é um dia muito especial. Oh! Como me alegro em saber que a vida possui um sentido digno, feliz e por vezes chego ao êxtase de crer que a vida é uma experiência esplendorosa, onde os singelos momentos descrevem as situações mais importantes, onde o coração salta de felicidade sem mesmo antes consultar o cérebro tamanha sua estripulia, seu infantilismo despreocupado e até pouco ingênuo.
A veemência da alma faz-nos recordar que o espírito segue seu caminho de forma precisa e reta, sem se deixar levar por caminhos obscuros, ainda que por muitas vezes nos encontramos tristes, melancólicos e até abatidos, o que pode ser necessário, e convenhamos que estes estados são um tanto peculiares. Quando porventura saímos desta letargia, seja por auxílio de Deus, seja por uma incitação da intuição a vida se renova, adquire uma nova perspectiva. Vontade é a força do espírito que se faz presente.
Que genial! O dia hoje está tão bom, um sol forte, natureza exuberante, portando árvores frondosas nas quais repousamos com prazer indescritível nas sombras frescas nos locais da mata onde não chega o sol, ali onde os pássaros fazem arruaças e as cigarras e grilos não cansam de fazer alarde, bastante alto por sinal, não encontro para isto qualquer termo de comparação tamanha é a envergadura que as belezas naturais provocam aos nossos olhos, aos nossos ouvidos. Perigo? Sim algum perigo haverá repousar num lugar destes, pois animais sabemos que existem de toda sorte e tipo, o que não nos deixa estarrecidos pois na vida tudo terá seu peso de risco, desde dar o primeiro passo até colocar um chapéu podem representar atos altamente perigosos. Não, não... O ideal não é ficar por aí, andando se resguardando de tudo, como quem crê que o mundo está contra si, deste modo não haveria descanso à mente, corpo ou alma. Aquele que se preza considera sim os riscos, mas dá maior vivacidade e despreocupação aos momentos da vida, à todos os momentos, pois a vida da alma é somente constituída de presente. Passado e futuro são lembranças e programações, ainda que estes possam ser mais influentes do que se pensa em nossas vidas, pois na quanta dimensão, lá para onde iremos ao bater as botas não há tempo para a consciência, mas uma percepção essencial da vida como um todo.
Caros amigos: Prontifico-me a alertar o quão especial é este momento para min, para ti, este momento e todos os outros. A vida é especial! É magnífica e bela! Basta abrir os olhos e enxergar sob este prisma. Não tento ludibriar vossas inteligências a fazer-vos crer que no mundo não haja lamentações de pesares dos mais diversos, que não haja sofrimentos considerados eternos e causadores de angústias pavorosas, que não haja medo ou terror. Sim há tudo isto, mas a verdade é que esta variedade de sentimentos e sensações terrificantes fazem parte de um todo que têm como último objetivo a paz, redenção, amor e união. É esta de maneira irrefutável a grande verdade do mundo. A verdade perene, que não se extinguirá mesmo que no mundo transbordem chuvas torrenciais de ácidos pestilentos, nem que a violência aparente ocupar a maior parte da mente, pois o mal é caminho para o bem, já que ele não é um fim temos de concluir pela lógica que pode ser somente que é o caminho.
Ora bolas, quantas coisas nos ocorrem que não entendemos? Vejam só: se fosse fazer este calculo pessoal me perderia em tantos algarismo, um dos segredos fundamentais da vida é que tu sempre reflitas: Quem sou eu? Onde estou? Quê são os sentimentos? Quem é Deus? Porque tal coisa aconteceu comigo? E assim por diante com perguntas das mais diversas. Onde quero chegar? Numa verdade de infindável vastidão, mas que têm o amor como termo de vida. A vida é o amor, o resto são detalhes, digamos uma arte final.
Atrás de quê? Com que forças se sustenta o homem, não resolvido dos enigmas principais da vida? Vai antes, e resolve tua concepção de vida, depois segue um traço na tua vida, mas faz como um pintor, não deixa este traço totalmente definido senão suscetível à intuição e criatividade, não por isto podarás tua obra, mas terás um programa a seguir, uma meta. Do contrário ficarias perdidos dentro de um vendaval, a vida, este desvairado conjunto de situações que te pegarão desprevenido, ora pelos braços, ora pelas pernas te puxando de um lado a outro. Quê farás tu neste momento? Por certo dirás que não sabias que era aquilo: a vida!
É de sabia atitude pois resolver a teus dilemas antes de correr para a vida, não é aconselhável participar de um jogo sem antes conhecer suas regras, e, as regras da vida são a solução de seus principais enigmas. Engrandece-te, fortifica-te na filosofia e faz uma personalidade de naipe inigualável, assim estarás preparado para viver com sabedoria, não te desanimes quando notar que por aí há muita gente que vive na caverna, a caverna de Platão, obumbrados por uma ignorância pérfida não podem ser culpados por fazer o que é errado, mas sim pela falta de vontade ou iniciativa de sair daquele estado estagnado de vivência retrógrada.
É pois, o movimento que faz o espírito do homem crescer, o movimento é a alteração de estados de percepção de si mesmo e da realidade que te cerca. É alegre esta constatação? O principio está na elucidação, daí por diante a tarefa é trabalhosa e dispendiosa, pois sabendo qual o correto o segundo passo é intentar efetua-lo da maneira mais aproximada, mais perfeita que seja possível.
O homem possui suas fraquezas, mas deve tentar, com todas as forças que possui, santificar sua vida. Nossas vidas são permeadas de muitas confusões proporcionadas por atividades corriqueiras do dia a dia, acabamos com o tempo perdendo a noção do que é essencial na vida, infelizmente é de grande pesar constatar que muitas vidas são afastadas da nevrálgica problemática pessoal. Nevrálgica problemática pessoal, que nome estonteante, é um desafio que se encontra dentro de cada pessoa, no consciente mais profundo, e que teimamos em nos afastar desta questão. Como somos uns patetas quando fazemos isto. Obliteramos a função principal da vida preocupando-nos com questões que sim, fazem parte da vida, mas que não são as questões que vão tocar nossos corações de maneira profunda, de tal maneira a aquecer-nos num amor e numa felicidade de proporções indescritíveis. Não é esta? A tão procurada? É ou não? Qual o intuito de viver? Vamos excluir tudo o que não sejam parte das questões imprescindíveis da vida: Que nos restará então? O encontro do amor, da felicidade e uma resolução da questão da morte, aliás digo-vos uma coisa: naquele que realmente encontrou o amor e a verdadeira felicidade, aquela em que há sutileza e convicção inabalável no próprio sentir, no transmitir e notar o espírito do outro em seu próprio espírito, pois esta é a função do amor e da felicidade: unir a humanidade, são sentimentos sociais!, neste homem ou mulher não haverá mais qualquer questão com a qual possa se importar na vida, nem mesmo a morte poderá insultá-los mais. Podem refletir sobre outras coisas, mas sempre de maneira indiferente, pois tudo o mais é infinitamente menor que o amor e a felicidade. A morte, pode até ser considerada como um ponto terminal na vida, digam-me: Quê importará isto, mesmo crendo nisto, à uma pessoa que é verdadeiramente feliz e que ama à vida? Não incomoda em nada esta informação, pode ser até algo atraente ou interessante, a questão central é a vivência que tenho agora: esta alegria que me faz alargar os lábios sem que a vontade comande, sem que a mente pensa, transborda, é vivaz, têm necessidade de movimentar-se de se transmitir ao mundo. Ele também, o mais largo dos suspiros, o maior de todos os prantos, os olhos mais penetrantes, o coração mais palpitante, as mãos mais calorosas, as mãos mais calorosas, o momento mais mágico, o amor! Momento de admiração profunda e silenciosa, é assim, e não de outra maneira, que a alma conhece a vida! Amor e alegria.

2 - Sobre a personalidade e a morte.

2 - Sobre a personalidade e a morte.
Quem é? Quem é que acorda e dorme numa cadência destituída de tempo e espaço? Quem? Quem é? Que se alegra com a luz do dia e se enaltece com os mistérios noturnos? Responde com obstinação: sou eu!
Sou eu que danço efusivamente as músicas da minha vida, as situações pelas quais perpasso com elegância e certa peculiaridade, pois minha alma foi de tal modo projetada por minha psique no decorrer de todos os anos de minha vida que acabei por formar uma peculiaridade fora do comum, um diferencial que me deixa alegre, pois assim sou porque sou totalmente “eu”. Já repararam os senhores que quando crianças somos todos muito similares? De maneira efetiva hoje percebo com bastante claridade que esta certa característica, que quando jovens esvai-se um pouco e logo de maneira avassaladora se deixa dominar pelas peculiaridades, deixa a impressão de uma ignorância total, e por isso um ar meio pateta. O mito da caverna poderia ser citado, não vejo lá tanto alarde, pois faz parte de um processo localizado dentro das leis naturais: O homem nasce igual e finaliza com uma pessoalidade total, será teatral a personalidade? Talvez haja esta probabilidade, representamos em nossas vidas o que nos torna únicos: a personalidade!
Embasbacado, estupefato, até alardeado com as novidades! Que são isto as personalidades? Ora estas, se é certo que são representações criadas ao longo de décadas é certo dizer que se criadas foram não são lá umas coisas muito naturais, pois tudo que o homem inventa têm a fama, a propensão a ser umas coisas artificiais, industriais, destrutivas e por isto detestadas pelos ambientalistas. Não, louco não estou, a verdade é que criações impróprias perecem, e as dignas se mantém: é assim que personalidades fracas sempre se submetem às fortes.
O ideal de personificação humana é o mesmo, aplausos por favor, pois sabe-se que sendo o ideal igual não há, dentro do que seria mais adequado, qualquer diferença. Voltaríamos a ser crianças? Sem a noção precisa de individualidade e com um ingenuidade descomunal. Destino humano: Qual será?
Quem és tu? Por que reclamas tanto de tua ínfima vida? Sabe quantas? Quantas galáxias esvoaçam e pairam aí em cima da tua cabeça, é... Também por teus lados e até abaixo de teus pés, este universo voa por todos os lados. Quê pensar disto? Eu, particularmente, peremptoriamente emito minha opinião pessoal, mas não precisa levar em consideração, é algo bastante pessoal: Mudo convictamente a opinião, a percepção que de min tenho quando vejo tantas coisas ao redor, quando assimilo dos outros sentimentos, conhecimentos, e até opiniões particulares, mesmo que não tenham lá muita concordância com as minhas. Não é isto o mundo? Uma salada total, mistura de cores, sabores, gostos e odores... Se nesta mistura não houvesse certo conjunto, certa harmonia seriamos todos imerso em nós mesmos de tal maneira que os outros não seriam sequer vistos.
Me contrario? Claro, leis da dialética... Se o pensamento funciona por contrariedade noto estar pensando quando crio idéias antagônicas. Vamos então conduir que há um mínimo do máximo que é extravasado que é absorvido pelos que te cercam... Interpretou? Claro, evidente que sim, ao teu modo por certo, segundo tuas convicções, interesses, crenças e idéias. Aquele que julga transmitir com exatidão aquilo que pensa é ou louco ou desmiolado, até mesmo em conjunto as duas características podem estar posicionadas. Como que para todas as regras hão de existir certas exceções é justo não aplicar tais aserções na matemática ou geometria. Estas escapam, mas não a filosofia, esta é aliás a que mais longe está de uma definição precisa, óbvia ou das percepções e interpretações únicas e evidentes.
Quê há na vida que não deve ser esmiuçado? Poderias tu alguma coisa? É fato que até nas coisas fúteis, supérfluas, banais, e mesmo destituídas de importância ou retrógradas e malévolas encontramos os sentidos mais profundos e relacionados com a essência humana. Assim está que tudo é importante. Há o interesse de saber quem sou, este é o interesse mais importante, pois aí tomarei qualquer partido, definirei metas e trabalhos a fazer, mas se, acaso todavia não sei quem sou, ou de quê sou constituído como poderei saber quê fazer? É assim que as perguntas mais constantes de nossas vidas devem estar dentro desta perspectiva.
Até que ponto pode ser o ser humano ingênuo? De olhar diante de si e não enxergar, ou fazer que não vê. A morte por exemplo deveria ser uma questão para todos os dias, deveria nos acompanhar em todos os momentos. Concordam comigo? Não será o acontecimento mais extraordinário de nossas vidas? A maior mudança que pode acontecer numa vida é seu próprio fim, e isto deve mexer, incitar um inquietamento tão forte no ser humano, que se de fato ele não fosse ingênuo ele iria nisto pensar à todo instante, tempo precioso como as mais valorosas situações da vida seriam despendidos com divagações à respeito do fim da trilha. E de forma obstinada fervilhando em pensamentos constantes e quase que alucinados ele correria atrás da solução dos enigmas da morte, enquanto não solucionar não haverá descanso. Isto é na minha opinião o que mais faria sentido numa pessoa instituída de bom senso e razão clara. Viver fugindo disto é o mesmo que carregar um grande peso na consciência sem se dar conta e não saber os porquês de ser acometido de pesadas e terrificantes dores de cabeça.
A solução não será fácil, como todos os enigmas não o são. Haverá muito trabalho, muito estudo, muita dedicação, labor e até sofrimento pois é difícil chegar à uma solução derradeira sem antes haver cometido alguns erros. Morte! Nossos esteriotipos estão de tal maneira formulados que a palavra em si, o mero ato de formula-la ou cita-la em voz alta e clara chega a causar certo desconforto. Me diga você uma coisa, considerando com antecedência, que aqui extirpo quaisquer sentimentalismos, por mais belos ou emocionantes que sejam, e todo o misticismo e dogmatismo, se acaso tu hoje e agora tivesse através de algum meio a possibilidade, a oportunidade, um meio de ter certeza das respostas seguras ao enigma da morte, qual seria tua reação, a tua satisfação em saber que o fim é verdadeiro, que farias do que te resta de vida? É trágico? Se ter certeza que há um fim que acaba é algo trágico em que proporção esta situação é diferente em viver numa dúvida constante, numa incerteza à este respeito? Viver na incerteza acaso não é pior que já saber algo? Se irás fazer uma viagem, a título de exemplo, e eu puder dizer o que encontrei no lugar de teu destino porque lá já passei, ou se você for sem nada saber: Qual é a tua preferência? Saber de algo sobre o lugar de destino ou obumbrar a tua razão, a tua inteligência e começar a viajar como quem foge ao conhecimento do próprio destino.
Eis que é esta é a atitude que muitos de nós cometemos durante a vida, fugimos às questões mais íntimas de nosso consciente profundo. Esta fuga é causada por um medo do desconhecido e repercute num homem ignorante e despreparado para viver sua vida, pois quem não têm os conceitos filosóficos mais importantes sobre a vida e sobre a morte muito bem definidos é pessoa despreparada para resolver e vivenciar as diversas situações que a vida se lhe oferece.
Resolve pois as tuas questões homem do mundo, pois o tempo acaba e se antes disto tu não te resolves tudo isto teu caminho será torto e incerto, como quem caminha numa escuridão fingindo que está com passos firmes, mas que no íntimo treme por não saber em que solo pisa ou por onde anda.
Quem é? Quem é que acorda e dorme numa cadência destituída de tempo e espaço? Quem? Quem é? Que se alegra com a luz do dia e se enaltece com os mistérios noturnos? Responde com obstinação: sou eu!

1 - O ser humano e a auto estima

1 - O ser humano e a auto estima
Onde está o sentido da tua vida? No teu bolso direito? No esquerdo? Onde está aquilo que te faz sorrir numa profunda relevância da alma? Onde está a tua satisfação? Por onde anda a coragem? Há quanto tempo não sentes o suor salgado e ardido entrar-te nos olhos e salgar-lhe o ânimo com suas propriedades energéticas? Esvaiu-se a antiga vivacidade, perderam-se as coisas que te faziam almejar metas. Donde estão aquelas lágrimas de alegria que já te visitaram em muitas ocasiões? Te esqueceste que és júbilo? E teu coração? Acaso não lo sente mais descompassar diante das paixões da vida? Ó quão venerável é a vida, que sempre está a nos oferecer o mundo, e nós a tudo recusamos, cegos por opção. Quê fazer? Orar e pedir aos céus que tenham piedade do fato que nós nos deturpamos, obumbramos nossas almas com o esquecimento da alegria do eterno descobrimento que têm a criança diante do mundo.

Capítulos

Capítulos:

1 - O ser humano e a auto estima
2 - Sobre a personalidade e a morte.
3 - Amor e alegria.
4 - Seguindo pelo veio do rio!
5 - O simples e o complexo na arte!