domingo, 26 de julho de 2009

8 - A – A EXTENSÃO DO UNIVERSO ( Parte Física )

A – A EXTENSÃO DO UNIVERSO ( Parte Física )

O universo possui uma extensão difícil de se imaginar, existem muitas estrelas e planetas, os planetas são habitados cada qual com povos de tecnologias, culturas e religiosidades peculiares. Num determinado ponto da linha temporal encontramos uma variedade de culturas interplanetárias, isto indica o fator da variedade do povos do universo. No entanto estes povos coexistem não somente em pontos do espaço distintos como também em diversas dimensões, não é fácil transitar entre as dimensões pois este é um fenômeno relativamente desconhecido pela humanidade terrestre. A “passagem interdimensional” é parte de um fenômeno natural e não algo criado através da tecnologia de seres mais avançados tecnologicamente. Uma população que se localiza em uma dimensão não enxerga a que está em outra a menos que seus indivíduos criem “portais interdimensionais”.
O fato é que vivemos em todas as dimensões ao mesmo tempo, não obstante não temos a percepção consciente de algumas, isto é provado com o fato de que quando enxergamos a 4a dimensão não deixamos de enxergar a terceira, isto prova que a terceira dimensão é verdadeira. No entanto quem esta num determinado momento enxergando somente a terceira não enxerga a quarta dimensão, ainda que esteja submetido às suas regras, leis e ocorrências.
Seriam os sonhos viagens à quarta dimensão? Não! Nos sonhos, ainda que possamos fazer “viagens astrais” ainda continuamos na mesma dimensão que quando despertos, ou seja: a terceira. Existem sonhos em que o grau de nitidez, a quantidade de detalhes, a perfeição e clareza das lembranças após acordarmos são tão grandes que chegam a nos impressionar. Um fator importante em se falando dos sonhos, é que durante um sonho podemos ter um alto grau de consciência de quem somos e de qual é a situação de nossa realidade no “mundo desperto”, esta consciência pode ser bastante acentuada, há também um outro fator importante nos sonhos que é o grau de liberdade de escolha, pode ser total, com ele podemos interferir de maneira total no destino do que ocorre. Para fazer uma breve síntese neste assunto falamos sobre:
1) Grau de nitidez da percepção visual do sonho.
2) Grau de consciência de quem sou eu, mesmo que seja fora do mundo dos sonhos.
3) Grau de liberdade de ação dentro do sonho.
Como se não bastasse as características que descrevem um “sonho de viagem astral” não se restringem à estas três, pois os sonhos de viagem astral podem chegar mais longe do que a percepção da terceira dimensão que temos comumente. Não seria este fato no entanto uma aproximação do que se possa chamar de quarta dimensão? Neste caso estaríamos entrando em atrito com a idéia inicial de que sonhos não são, em absoluto, a quarta dimensão. O que não se pode fazer é generalizar, ou seja: dizer que todos os sonhos são uma ida à quarta dimensão, quando na verdade existem diversos tipos de sonhos, muitos são a dramatização de vontades, estas vontades podem ser entendidas conscientemente enquanto despertos, ou mesmo vontades que se posicionam num local mais profundo da consciência ao qual chamo de “superconsciente”, vamos chamar à estes de “sonhos de dramatização das vontades”. Devemos nos perguntar até que ponto os sonhos de viagem astral são uma inserção na quarta dimensão ou uma manobra distinta da consciência à qual aplicaríamos outra classificação segundo suas características peculiares, assim, para isto basta notar quais são as respectivas características de um “portal interdimensional” e compara-las com as características dos “sonhos de viagem astral”.
Para que possamos chegar à verdadeira conclusão vamos dissertar um pouco mais sobre os sonhos: Há uma outra característica que diferencia os sonhos do comum estado desperto, esta característica se fundamenta no fato de que nos sonhos muitas vezes somos portadores de capacidades que não temos enquanto despertos. Por exemplo: Podemos saber o que os outros pensam, em outras ocasiões ainda somos cientes de determinada situação, lembrança, idéia ou fato sem que necessariamente precisássemos passar por tal situação. Isto incita a idéia de que em alguns sonhos o ser humano seja dotado de capacidades perceptivas distintas que quando em estado desperto. Podemos num lapso bastante rápido de tempo ter uma percepção de alta complexidade no âmbito da situação que está sendo vivenciada naquele momento. Seria esta uma percepção mais avançada da realidade? É bastante sensato pensar que sim, ainda temos o fato que estas vivências que são percebidas em flashes não se restringem ao âmbito intelectual, como se fossem meras informações de um romance lido, ou fatos de um filme assistido, pois chegam num nível de percepção vivencial bastante completo, perpassando os pensamentos, sentimentos e o físico do ser.
Assim, além das três características supracitadas anteriormente temos o que podemos chamar de “percepção avançada” esta que supera à que temos enquanto despertos. Naturalmente devemos comparar as 4 características encontradas nos sonhos de viagem astral com as características que possui durante a abertura de um portal interdimensional.
Todo o processo de abertura de um portal interdimensional já fora devidamente explicado, no entanto vejo a necessidade de repetir aqui o que foi definido como desenvolvimento transcendental da atividade contemplativa ( Descrito no livro: Valores da contemplação )
1 – Abrangência de mais vasto campo perceptivo
2 – Escurecimento da visão
3 – Aparição sutil de bolhas luminosas translúcidas
4 – Ondulação do campo visual ( Tontura )
5 – Visão da outra dimensão.
Vejamos agora as características de um sonho de viajem astral:
1 - Grau de nitidez da percepção visual do sonho.
2 - Grau de consciência de quem sou eu, mesmo que seja fora do mundo dos sonhos.
3 - Grau de liberdade de ação dentro do sonho.
4 – Percepção avançada
Poder-e-ia dizer que a criação de um portal inter-dimensional ou “desenvolvimento transcendental da atividade contemplativa” seja como um sonhar acordado, no entanto não é equivalente ao sonho de viagem astral já que na visão da outra dimensão que se transpassa através da meditação a pessoa simplesmente não enxerga nada que esteja além do que há na dimensão comum, mas sim a mesma coisa de uma maneira muito mais profunda.
Há portanto diferenças marcantes entre sonho de viagem astral e desenvolvimento transcendental da atividade contemplativa, uma destas consiste justamente no fato de que nos sonhos de viagem astral há uma vivência complexa que se distancia numa boa proporção da realidade da terceira dimensão, enquanto que no “DTAC” não ocorre este distanciamento senão um aumento de complexidade inimaginável.
Os sonhos de viagem astrais se passariam portanto em outros planos que não são a quarta dimensão em essência pois ainda que sejam um modo de percepção absolutamente diferente do estado desperto são destituídos da possibilidade de e vivenciar a percepção da realidade desperta. Por outro lado o “DTAC” logrado por meditação é um modo em que a um só tempo pode-se perceber o campo de incomensurável complexidade da 4a dimensão e o da 3a a um só tempo, pois os dois constituem uma só realidade, por isto são congruente, mas há a desvantagem de não se vivenciar situações como pode-se fazer no sonho de viagem astral.
Concluímos que cada qual possui suas características distintas, com limitações e potencialidades. Pode ser sensato concluir que nem um nem outro seja equivalente à quarta dimensão em si, mas que porte em si uma parca parte do que seria esta, ou mesmo que cada qual corresponda à uma dimensão distinta. Estamos aqui discorrendo sobre várias possibilidades.
Agora falemos um pouco à respeito da morte: A morte é na verdade um portal interdimensional, o qual nos transporta à uma dimensão mais complexa na qual tudo é mais profundo. Quais serão os sentidos de percepção dos mortos? Os mortos perceberão os vivos com seus sentidos? Possuirão eles algum sentido? A necessidade da encarnação ou de vivências num corpo físico na terceira dimensão poderia explicar a tese de que os mortos sendo desprovidos em seus ambientes da capacidade de percepção da realidade conseqüentemente não poderiam se inter-relacionar, assim, somente quando na terceira dimensão são portadores dos 5 sentidos conhecidos e ainda do que pode ser ingenuamente apelidado de 6o sentido ou a complexa capacidade de criar um portal inter-dimensional. Numa outra hipótese, talvez menos ousada que esta, os mortos são instituídos de uma percepção mais complexa, e por qualquer motivo têm a necessidade de retornar uma dimensão no “Campo dimensional”, neste processo de renascimento acabam por podar suas capacidades perceptivas da realidade, deste modo tanto o “DTAC” como os sonhos de viagens astrais não seriam uma amplificação dos sentidos senão um retorno destes às suas capacidades normais, acontecimento este que se transcorre de maneira parca e limitada em decorrência de suas situações físicas.
Uma das perguntas mais pertinentes neste momento é justamente: Por quê há uma necessidade de uma diminuição das potencialidades de percepção? Por quê existiria na idéia de reencarnação, a necessidade de retorno dimensional? O motivo evidentemente existe, podemos especular que este motivo esteja vinculado à uma percepção de realidade que não seja conveniente para um inter-relacionamento no mundo dos mortos. É óbvio crer que nesta hipótese existiriam grandes vantagens em estar encarnados, justamente do fato de ela fornecer um modo distinto com a realidade. É como dizer que por vezes na simplicidade existem mais vantagens que na complexidade, numa comparação tão tosca quanto extravagante poderíamos dizer que os motivos musicais que mais nos emocionam são aqueles de maior simplicidade rítmica e tonal, ou seja: para sermos realmente tocados devemos nos limitar {à determinadas partes, devemos simplificar. Isto traz a idéia de que simplificar não significa limitar mas sim encontrar uma essência que seja mais importante, motivadora e transformadora.
Podemos então chegar à conclusão de que na inserção de um espírito à um corpo físico não ocorre uma limitação de suas capacidades, mas sim a redução de suas capacidades perceptivas ao que seria essencial. É pertinente dizer que estamos apenas especulando idéias possíveis, perambulando por diversas hipóteses. Este é um modo de explicar a necessidade de reencarnação, pois do contrário o espírito ficaria perdido, e com grandes dificuldades tamanha é sua complexidade perceptiva, por vezes não é proveitoso absorver coisas que não seriam necessárias para o espírito evoluir, ficamos em nossas vidas corporais restritos ao essencial. Não obstante, conforme explicado no livro “Magia e mitologia pessoal” um mago, no decorrer de sua vida esforça-se para fazer justamente o contrario: desenvolver sua percepção ao nível espiritual, o que poderia mais atrapalha-lo que ajuda-lo já que deve haver algum motivo lógico para que houvesse tido esta restrição de capacidade perceptiva. É por isto que a vida de um mago aparenta não ter lógica, vai contra os conceitos formado pelo grande contingente que vive fundamentados em suas percepções, que por serem essenciais acabam por ser limitadas em determinados conceitos e nas vivências da realidade.

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