domingo, 26 de julho de 2009

3 - Amor e alegria.

3 - Amor e alegria.

Vida! Eu vejo a vida palpitar pelos caminhos do olhar. Sinto a força de sinceridade ao me direcionar às pessoas que se espantam ao me encontrar, pois onde vou levo fé, onde vou a vontade, esta chama infindável que faz mover aqueles que há muito pareciam perecer, esta alavanca que faz mover o mundo, anda comigo.
Nos limites da vontade sigo correndo. Atrás de quê? Pois de quê seguimos nós em nossas vidas senão um caminho criado pela imaginação, onde as possibilidades tão mais amplas ficam quanto mais largo seja nosso modo de pensar e de interagir com o mundo que nos cerca.
Amor! Luz que guia o universo às indescritíveis sendas do coração, onde as lágrimas que caem dos olhos brilham como estrelas ao resvalar a face, e a respingarem como chuva no colo do ser com o qual se confirmou uma união fraterna.
Assim, a alegria brota de maneira risonha, onde o riso se transforma em mais riso, e prolifera de maneira contagiosa, de galho em galho, até que toda a floresta se sinta contaminada por esta doença agradável. O brilho nos olhos é a festa, a profundidade da alma, onde um olhar direto causa ou um sentimento de culpa ou uma relação íntima. Pois o olhar sincero provoca uma cumplicidade total entre os deis agentes.
Hoje, como todos, é um dia muito especial. Oh! Como me alegro em saber que a vida possui um sentido digno, feliz e por vezes chego ao êxtase de crer que a vida é uma experiência esplendorosa, onde os singelos momentos descrevem as situações mais importantes, onde o coração salta de felicidade sem mesmo antes consultar o cérebro tamanha sua estripulia, seu infantilismo despreocupado e até pouco ingênuo.
A veemência da alma faz-nos recordar que o espírito segue seu caminho de forma precisa e reta, sem se deixar levar por caminhos obscuros, ainda que por muitas vezes nos encontramos tristes, melancólicos e até abatidos, o que pode ser necessário, e convenhamos que estes estados são um tanto peculiares. Quando porventura saímos desta letargia, seja por auxílio de Deus, seja por uma incitação da intuição a vida se renova, adquire uma nova perspectiva. Vontade é a força do espírito que se faz presente.
Que genial! O dia hoje está tão bom, um sol forte, natureza exuberante, portando árvores frondosas nas quais repousamos com prazer indescritível nas sombras frescas nos locais da mata onde não chega o sol, ali onde os pássaros fazem arruaças e as cigarras e grilos não cansam de fazer alarde, bastante alto por sinal, não encontro para isto qualquer termo de comparação tamanha é a envergadura que as belezas naturais provocam aos nossos olhos, aos nossos ouvidos. Perigo? Sim algum perigo haverá repousar num lugar destes, pois animais sabemos que existem de toda sorte e tipo, o que não nos deixa estarrecidos pois na vida tudo terá seu peso de risco, desde dar o primeiro passo até colocar um chapéu podem representar atos altamente perigosos. Não, não... O ideal não é ficar por aí, andando se resguardando de tudo, como quem crê que o mundo está contra si, deste modo não haveria descanso à mente, corpo ou alma. Aquele que se preza considera sim os riscos, mas dá maior vivacidade e despreocupação aos momentos da vida, à todos os momentos, pois a vida da alma é somente constituída de presente. Passado e futuro são lembranças e programações, ainda que estes possam ser mais influentes do que se pensa em nossas vidas, pois na quanta dimensão, lá para onde iremos ao bater as botas não há tempo para a consciência, mas uma percepção essencial da vida como um todo.
Caros amigos: Prontifico-me a alertar o quão especial é este momento para min, para ti, este momento e todos os outros. A vida é especial! É magnífica e bela! Basta abrir os olhos e enxergar sob este prisma. Não tento ludibriar vossas inteligências a fazer-vos crer que no mundo não haja lamentações de pesares dos mais diversos, que não haja sofrimentos considerados eternos e causadores de angústias pavorosas, que não haja medo ou terror. Sim há tudo isto, mas a verdade é que esta variedade de sentimentos e sensações terrificantes fazem parte de um todo que têm como último objetivo a paz, redenção, amor e união. É esta de maneira irrefutável a grande verdade do mundo. A verdade perene, que não se extinguirá mesmo que no mundo transbordem chuvas torrenciais de ácidos pestilentos, nem que a violência aparente ocupar a maior parte da mente, pois o mal é caminho para o bem, já que ele não é um fim temos de concluir pela lógica que pode ser somente que é o caminho.
Ora bolas, quantas coisas nos ocorrem que não entendemos? Vejam só: se fosse fazer este calculo pessoal me perderia em tantos algarismo, um dos segredos fundamentais da vida é que tu sempre reflitas: Quem sou eu? Onde estou? Quê são os sentimentos? Quem é Deus? Porque tal coisa aconteceu comigo? E assim por diante com perguntas das mais diversas. Onde quero chegar? Numa verdade de infindável vastidão, mas que têm o amor como termo de vida. A vida é o amor, o resto são detalhes, digamos uma arte final.
Atrás de quê? Com que forças se sustenta o homem, não resolvido dos enigmas principais da vida? Vai antes, e resolve tua concepção de vida, depois segue um traço na tua vida, mas faz como um pintor, não deixa este traço totalmente definido senão suscetível à intuição e criatividade, não por isto podarás tua obra, mas terás um programa a seguir, uma meta. Do contrário ficarias perdidos dentro de um vendaval, a vida, este desvairado conjunto de situações que te pegarão desprevenido, ora pelos braços, ora pelas pernas te puxando de um lado a outro. Quê farás tu neste momento? Por certo dirás que não sabias que era aquilo: a vida!
É de sabia atitude pois resolver a teus dilemas antes de correr para a vida, não é aconselhável participar de um jogo sem antes conhecer suas regras, e, as regras da vida são a solução de seus principais enigmas. Engrandece-te, fortifica-te na filosofia e faz uma personalidade de naipe inigualável, assim estarás preparado para viver com sabedoria, não te desanimes quando notar que por aí há muita gente que vive na caverna, a caverna de Platão, obumbrados por uma ignorância pérfida não podem ser culpados por fazer o que é errado, mas sim pela falta de vontade ou iniciativa de sair daquele estado estagnado de vivência retrógrada.
É pois, o movimento que faz o espírito do homem crescer, o movimento é a alteração de estados de percepção de si mesmo e da realidade que te cerca. É alegre esta constatação? O principio está na elucidação, daí por diante a tarefa é trabalhosa e dispendiosa, pois sabendo qual o correto o segundo passo é intentar efetua-lo da maneira mais aproximada, mais perfeita que seja possível.
O homem possui suas fraquezas, mas deve tentar, com todas as forças que possui, santificar sua vida. Nossas vidas são permeadas de muitas confusões proporcionadas por atividades corriqueiras do dia a dia, acabamos com o tempo perdendo a noção do que é essencial na vida, infelizmente é de grande pesar constatar que muitas vidas são afastadas da nevrálgica problemática pessoal. Nevrálgica problemática pessoal, que nome estonteante, é um desafio que se encontra dentro de cada pessoa, no consciente mais profundo, e que teimamos em nos afastar desta questão. Como somos uns patetas quando fazemos isto. Obliteramos a função principal da vida preocupando-nos com questões que sim, fazem parte da vida, mas que não são as questões que vão tocar nossos corações de maneira profunda, de tal maneira a aquecer-nos num amor e numa felicidade de proporções indescritíveis. Não é esta? A tão procurada? É ou não? Qual o intuito de viver? Vamos excluir tudo o que não sejam parte das questões imprescindíveis da vida: Que nos restará então? O encontro do amor, da felicidade e uma resolução da questão da morte, aliás digo-vos uma coisa: naquele que realmente encontrou o amor e a verdadeira felicidade, aquela em que há sutileza e convicção inabalável no próprio sentir, no transmitir e notar o espírito do outro em seu próprio espírito, pois esta é a função do amor e da felicidade: unir a humanidade, são sentimentos sociais!, neste homem ou mulher não haverá mais qualquer questão com a qual possa se importar na vida, nem mesmo a morte poderá insultá-los mais. Podem refletir sobre outras coisas, mas sempre de maneira indiferente, pois tudo o mais é infinitamente menor que o amor e a felicidade. A morte, pode até ser considerada como um ponto terminal na vida, digam-me: Quê importará isto, mesmo crendo nisto, à uma pessoa que é verdadeiramente feliz e que ama à vida? Não incomoda em nada esta informação, pode ser até algo atraente ou interessante, a questão central é a vivência que tenho agora: esta alegria que me faz alargar os lábios sem que a vontade comande, sem que a mente pensa, transborda, é vivaz, têm necessidade de movimentar-se de se transmitir ao mundo. Ele também, o mais largo dos suspiros, o maior de todos os prantos, os olhos mais penetrantes, o coração mais palpitante, as mãos mais calorosas, as mãos mais calorosas, o momento mais mágico, o amor! Momento de admiração profunda e silenciosa, é assim, e não de outra maneira, que a alma conhece a vida! Amor e alegria.

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